Em seu blog, Maurício Stycer tece interessantes comentários sobre o caso Globo versus Record: “Aos espectadores da Record, a igreja esforça-se em caracterizar os problemas que enfrenta na Justiça como resultado tanto do seu sucesso como instituição religiosa quanto do progresso da emissora. Ambas são medidas por um mesmo critério de mercado – de um lado, o crescimento do número de fiéis e templos; de outro, a subida da audiência. De caráter nitidamente publicitário, essa operação funde igreja e emissora numa coisa só, iguala fiéis e espectadores e transforma todos em vítimas da Globo.
“Não deixa de ser curioso que, em seu ataque, a igreja rememore pecados clássicos da Globo, como a edição enviesada do debate entre Collor e Lula em 1989 e a cobertura envergonhada do comício das Diretas, na praça da Sé, em 1984. A manipulação ocorrida nos dois eventos é muito semelhante à operação que visa a convencer o espectador de que a IURD [Igreja Universal do Reino de Deus] e a Record são alvo da Globo por conta do crescimento de ambas.
“O risco dessa estratégia é referendar, junto ao próprio público, aos seus funcionários e para a sociedade, o que inclui os seus anunciantes, a ideia de que a Record é apenas um braço a serviço da IURD. Além dos problemas legais que essa associação representa, a consolidação de uma ideia de ‘tevê do bispo’ pode, no médio prazo, colocar a perder o projeto de transformar a emissora num ‘player’ competitivo em um mercado que vê com bons olhos a necessidade de mais concorrência na televisão brasileira. CONTINUE LENDO AQUI
Fonte: Criacionismo
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