Quase 95% dos mamíferos machos têm pouca ou nenhuma interação com seus filhotes. Um caso muito diferente é o dos humanos, o que leva alguns cientistas a entenderem que isso faz parte do que nos faz humanos. A maior parte das pesquisas feitas sobre o assunto concentra no fato de que o pai é o provedor e protetor de suas crianças. E enquanto sejam importantes para essas tarefas, eles também podem ser muito importantes para melhorar o desenvolvimento de habilidades psicológicas e emocionais, como a empatia, o controle emocional e a capacidade de ter relacionamentos sociais complexos. Diferente dos outros animais [sic], os humanos precisam de seus pais para muito mais que apenas a concepção.
Enquanto outros filhotes de primatas [sic] podem viver sozinhos com uma década de vida, os humanos ficam até 20 anos com seus pais, afirma David Geary, da Universidade de Missouri, nos Estados Unidos. Antropólogos especulam que a vulnerabilidade das crianças humanas faz com que o cuidado de várias pessoas seja necessário – o que faz com que a figura paterna seja mais requisitada. De acordo com Geary, a presença de uma figura paterna ajuda a diminuir as taxas de mortalidade infantil e a melhorar a saúde das crianças. (...)
Quando os filhos de pais presentes se tornam adultos, têm maior tendência a ter relacionamentos estáveis e se tornarem bons pais. De acordo com a antropóloga Sarah Hrdy, ser criado por mais de uma pessoa faz com que a criança se torne mais sociável e mais emocionalmente segura. Em comunidades tradicionais, avós e tias assumem o papel para cuidar da criança, mas atualmente, em famílias mais nucleares, esse papel é passado para o pai, de acordo com Hrdy.
Geary afirma que quando o relacionamento com o pai não é harmônico ou pouco afetuoso, a insegurança pode fazer com que a criança cresça mais rápido. Meninas têm a primeira menstruação mais cedo e tendem a se envolver em relacionamentos problemáticos, enquanto os garotos se tornam agressivos e sexualmente opressivos.
FONTE: Criacionismo
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