Uma menina de 13 anos foi violentada por quatro adolescentes em Londrina, no Paraná, e a polícia afirma que o motivo foram as "pulseirinhas do sexo". O uso das pulseiras coloridas, que se tornou comum entre jovens, é, na verdade, um jogo - cada cor da pulseira corresponde a uma ação, que vai de beijo a carícia e até relacionamento sexual. Quem rompe a pulseira tem direito à ação da cor correspondente. Segundo o delegado Willian Soares, a garota foi constrangida pelos adolescentes e acabou indo até a casa de um deles: "Eles falaram 'vai ter de pagar', 'vai ter de pagar'", contou.
O caso gerou polêmica na cidade e os vereadores querem agora criar uma lei para proibir o uso das pulseiras. Alguns colégios já proibiram os alunos de usá-las. Para a promotora Edina de Paula, o problema é que vários estudantes estão usando sem saber exatamente.
No início de março, a Câmara de Vereadores de Navegantes, em Santa Catarina, aprovou um projeto de lei que proíbe o uso das polêmicas "pulseirinhas do sexo". O projeto foi aprovado por unanimidade (leia aqui). Além de proibir o uso das pulseiras, a lei prevê que professores e a direção das escolas façam reuniões com pais de alunos para orientações.
A mania surgiu na Inglaterra e chegou ao Brasil no final de 2009. Este ano, elas proliferaram nas escolas. A oferta e o preço acessível, R$ 2 por 10 pulseiras sortidas, atraem os adolescentes.
Nota: Ideias e modismos têm consequências... E o que dizer das máquinas de vender camisinha nas escolas primárias? E da propaganda federal do vale-tudo sexual para "prevenir" a aids e outras DSTs? Agora não vamos culpar os adolescentes por estarem reproduzindo um estilo de vida que lhes foi inculcado pela mídia.[MB]
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