sexta-feira, 26 de março de 2010

Supostos pastores praticavam tráfico no Rio de Janeiro

Revista Veja, Semana de 17 de março de 2010.
A polícia do Rio de Janeiro suspeita, há algum tempo, que certas igrejas evangélicas com filiais em favelas cariocas mantenham um relacionamento promíscuo com os traficantes de drogas, servindo como mera fachada para negócios escusos. Na semana passada, isso finalmente se confirmou, com a prisão de dois pastores de uma obscura Igreja Mundial do Poder de Deus. Eles foram flagrados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Mato Grosso do Sul, rumo ao Rio de Janeiro, levando no carro sete fuzis M15, escondidos nos vãos das portas e sob o banco traseiro. Pelo alto poder de fogo, essas armas, também empregadas pelas Forças Armadas americanas no Iraque, são capazes de atingir um alvo a 3 quilômetros de distância e até de perfurar coletes à prova de balas. O destino delas era uma favela de São Gonçalo, município na região metropolitana do Rio que funciona como entreposto de armas e drogas para a capital. Diz o chefe da divisão de combate ao crime da PRF, Giovanni Di Mambro: "Vamos tentar descobrir agora se essa é uma quadrilha estruturada".
Os fuzis M15 vieram da Bolívia – de onde, já é notório, se origina parte do armamento mais pesado em poder hoje dos traficantes cariocas e de quadrilhas espalhadas por outros estados. Apesar de a rota seguida pelos contrabandistas já ser conhecida, é flagrante a falta de uma fiscalização mais maciça por parte das polícias Federal e Rodoviária. Os especialistas concordam que uma maior eficácia delas, aliada à ação das Forças Armadas nas fronteiras – algo que depende da aprovação de um projeto em tramitação no Senado –, é um avanço necessário, e urgente. A história da dupla de pastores, flagrada numa peneira aleatória da polícia, chama atenção para isso. Imagine quantos carros com carregamento parecido transitam por ali, à luz do dia, sem ser notados.
Nota: Apesar da exposição na mídia, este tipo de lamentável situação pode ocorrer em qualquer tipo de denominação religiosa, inclusive igrejas cristãs tradicionais. Líderes religiosos que não estiverem realmente conectados com Deus de maneira que sua vida seja um reflexo da Bíblia Sagrada certamente poderão cometer atos deste ou de outros tipos ainda piores ou obscuros que nem venham a ser conhecidos pela opinião pública. O episódio evidencia, mais uma vez, a importância de comunhão sincera com Deus e que as pessoas, religiosas ou não, não compactuem com práticas pecaminosas de grande ou pequena escala.
F. Minuto Profético

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