quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Soldados britânicos no Afeganistão receberão fuzis com mensagens bíblicas

UOL Notícias, 21.01.2010, 7h52min. Indicação do internauta Rogério Ferraz.

Os soldados britânicos no Afeganistão receberão fuzis com uma mira telescópica que terá referências bíblicas, uma decisão que os críticos temem que seja aproveitada pelos talibãs.

O ministério da Defesa (MoD) assinalou que fez um pedido de 400 visores à empresa americana Trijicon, acrescentando que não sabia do significado das inscriçoes.

O partido opositor Liberal Democrata criticou a medida, enfatizando que os rebeldes que lutam contra as Otan e as forças dos Estados Unidos no Afeganistão poderão fazer uso disso.

"Isso será para alguns de nossos inimigos uma prova para convencer seus seguidores de que estamos mergulhados numa guerra religiosa entre o cristianismo e o Islã", afirmou o porta-voz do partido.

Os visores ópticos de combate exibem a sigla JN8:12, em referência ao capítulo 8, versículo 12, do livro de João.

Esta passagem da Bíblia, na versão do Rei James, diz: "Então Jesus lhes falou outra vez, dizendo: Eu sou a luz do mundo: quem me segue, não andará nas trevas, e sim terá a luz da vida".

O ministério da Defesa esclareceu que a Trijicon foi escolhida por oferecer miras ópticas de melhor rendimento. Por sua parte, a Trijicon declarou que coloca referências das Escrituras em seus produtos há mais de duas décadas. O Reino Unido tem atualmente cerca de 10.000 soldados no Afeganistão.

Nota: Não creio que a referência a Jesus como a luz do mundo tenha qualquer relação com visores óticos para guerrear à noite. Não dá para coadunar a guerra, motivada seja por qual razão, com a mensagem de iluminação espiritual que Jesus deixou nos evangelhos bíblicos. É o tipo de atitude que só distorce o verdadeiro papel da Bíblia e da própria religiosidade. Infelizmente, ao que parece, a julgar pela história, estamos diante de conflitos muito menos ligados a questões religiosas ou de interpretação dos livros sagrados e, sim, muito mais influenciados pelo desejo de conquista de territórios estratégicos, riquezas do solo e poderio para novas e insanas guerras.
Fonte: Realidade em Foco

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